Por: Fernando Medeiros
A sombra do bolsonarismo e do negacionismo climático ainda está sobre nós. O desastre que aconteceu no Rio Grande do Sul não é apenas uma tragédia natural, mas sim um desastre climático e humanitário que há muito tempo era previsto! Os alertas foram dados, mas não foram levados a sério.
É hora de aplaudirmos a solidariedade, mas também é hora de responsabilizar os culpados e identificar claramente as falhas, na esperança de evitar futuros desastres.
Durante anos, tivemos um governo que ignorou as leis ambientais, enfraqueceu órgãos de fiscalização e flexibilizou as regulamentações que impediam práticas criminosas como desmatamento, grilagem e garimpo ilegal.
Não é por acaso que a Câmara dos Deputados aprovou o PL 1266/22, que desclassifica desertos verdes como danosos ao meio ambiente. Eles continuam ignorando os sinais, apesar das adversidades.
Existem governos estaduais e municipais que não compreendem a gravidade da crise climática. Eles não alocaram recursos para prevenir enchentes, mesmo com verba pública disponível. Eles não estão investindo na adaptação e fortalecimento das cidades para enfrentar os impactos dos eventos climáticos extremos, que serão cada vez mais frequentes nos próximos anos.
É negligência, omissão, descaso! E quem sofre as consequências, muitas vezes pagando com suas vidas, é o povo.
O Rio Grande está arrasado, mas vamos superar, e nossas façanhas vão mais uma vez servir de modelo a toda Terra.
Neste ano, os municípios irão às urnas para eleger vereadores e prefeitos. Seu voto pode escolher líderes comprometidos com políticas públicas ambientais sustentáveis.
Até quando vamos ignorar a crise climática?