Foto: Gazeta do Povo
Altas nos preços chegam a impressionantes 180%
A Argentina está passando por um aumento nos preços dos alimentos, à medida que os produtores de alimentos básicos e outros produtos essenciais começaram a enviar novas listas de preços aos supermercados. O novo governo do presidente Javier Milei pôs fim ao programa Preços Justos de seu antecessor, Alberto Fernández, que impunha congelamento de preços em troca de benefícios. Com isso, os preços de alguns itens devem aumentar em até 180%, segundo o Clarín.
Os maiores aumentos devem ser em itens como azeite, macarrão, farinha e pão. O preço do litro de azeite, por exemplo, já subiu de 800 para 2.000 pesos (aproximadamente R$ 10,80 para R$ 27,00) nos últimos dias, enquanto alguns tipos de pão subiram 80%. O custo do arroz também deve ser afetado.
O programa Preços Justos, criado pelo governo do ex-presidente Alberto Fernández, congelou os preços em troca de benefícios. O último acordo negociado pelo ex-ministro da Economia Sergio Massa estabelecia um aumento de até 12% em novembro e 8% em dezembro, bem abaixo da taxa de inflação do país.
Com a posse de Milei, os acordos foram suspensos, e os preços devem subir em média de 20% a 25% para itens que faziam parte do extinto programa. A alta de preços se deve ao fim dos subsídios pagos às empresas e ao reajuste dos preços pela inflação, já que os preços ficaram defasados.
A suspensão dos subsídios levou a aumentos de preços em produtos essenciais, que provavelmente causarão dificuldades econômicas significativas para muitos argentinos. A decisão do governo de acabar com o programa Preços Justos foi recebida com reações mistas, com alguns apoiando a medida, enquanto outros a criticam por causar um forte aumento nos preços.
Opinião do editor:
A situação atual situação atual na Argentina, com o aumento significativo dos preços dos alimentos, é um exemplo claro de como as políticas econômicas podem ter um impacto direto e imediato na vida cotidiana das pessoas. O fim do programa Preços Justos, que mantinha os preços de itens essenciais controlados, resultou em aumentos de preços que, sem dúvida, afetarão as famílias mais vulneráveis.