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| Foto: Diario SM |
Silvio Weber, prefeito de Itaara, retomou suas funções na manhã desta segunda-feira (13)
Silvio Weber, prefeito de Itaara, retomou suas funções na manhã desta segunda-feira (13) após quase um ano afastado do cargo. O político teve seu mandato suspenso em 17 de novembro de 2022, durante a Operação Santidade, conduzida pelo Ministério Público (MP). Vale destacar que Weber, também padre, teve suas atividades religiosas suspensas devido à ocupação de cargo público.
O prazo de afastamento provisório, que inicialmente era de seis meses, encerrou-se em maio. O MP, contudo, estendeu a medida por mais um período. Com a ausência de uma nova determinação judicial para a continuidade do afastamento, o retorno de Weber ao cargo tornou-se possível.
As investigações da Operação Santidade revelaram um esquema de corrupção envolvendo propinas em contratos superfaturados durante licitações fraudulentas, gerando um prejuízo estimado em mais de R$ 470 mil aos cofres públicos. Weber enfrenta acusações de peculato e corrupção passiva, com o processo em andamento mesmo com seu retorno à prefeitura.
Além das questões judiciais, o prefeito enfrenta um processo de cassação na Câmara de Vereadores, baseado nas denúncias do Ministério Público. Atualmente na fase de depoimento de testemunhas, o prefeito está programado para prestar depoimento na semana seguinte.
Questionado sobre sua volta, Silvio Weber expressou gratidão pelas mensagens de apoio recebidas durante o afastamento e destacou sua visão para o futuro do governo:
"Temos projetos para tocar para a frente, dar sequência, e a nossa ideia é conciliação, agregar. Menos briga e mais trabalho. Esse é o pedido do povo, é isso que o povo quer."
O advogado do prefeito, Bruno Paim, abordou os processos judiciais em curso, mencionando que estão em fases iniciais e que as denúncias ainda não foram recebidas. Ele ressaltou a complexidade dos processos, com grande documentação e supostas provas a serem debatidas pela defesa.
Operação Santidade
A Operação Santidade, conduzida pelo MP, teve como objetivo investigar a corrupção na prefeitura do município. Weber e outros servidores, incluindo ex-secretários, foram denunciados por roubo, desvio de verbas públicas, uso de documento falsificado, corrupção e organização criminosa, em um suposto esquema liderado pelo prefeito.