A tragédia da boate Kiss completa 10 anos e ainda luta contra o esquecimento

 Os pais das vítimas lutam para manter a memória da tragédia viva, tanto dentro de suas casas quanto fora delas, e enfrentam cada vez mais oposição de conterrâneos que defendem que o episódio Kiss seja esquecido na história do município gaúcho de 285 mil habitantes, mesmo não havendo nenhuma pessoa responsabilizada pela Justiça pelo incidente.


Os pais das vítimas lutam para manter a memória da tragédia viva, tanto dentro de suas casas quanto fora delas, e enfrentam cada vez mais oposição de conterrâneos que defendem que o episódio Kiss seja esquecido na história do município gaúcho de 285 mil habitantes, mesmo não havendo nenhuma pessoa responsabilizada pela Justiça pelo incidente.
Foto cedido pela wikimedia

O incendio aconteceu há 10 anos, causou comoção no Brasil e no mundo

        O incêndio da boate Kiss, que aconteceu há 10 anos, causou comoção no Brasil e no mundo devido ao fato de muitos jovens terem saído para se divertir e nunca mais voltado. Naquela noite, 242 jovens não voltaram para casa, a maioria sofreu asfixia devido aos gases tóxicos liberados pela queima do revestimento de espuma instalado irregularmente no local e que foi atingido pelas chamas de um artefato pirotécnico acendido no show da banda Gurizada Fandangueira. Além disso, houve 636 feridos. Familiares, sobreviventes e amigos das vítimas lutam para preservar a memória da tragédia e enfrentam conterrâneos cada vez mais agressivos que defendem que se encerre o capítulo Kiss na história do município gaúcho, mesmo não havendo nenhuma pessoa responsabilizada pela Justiça pelo incidente. Ainda, o júri popular que condenou dois empresários, um músico e um assistente de palco a penas entre 18 e 22 anos de prisão foi anulado sete meses depois por erros processuais. O Ministério Público recorre da anulação no Superior Tribunal de Justiça e no Supremo Tribunal Federal, mas não há prazo para uma decisão ou para novo julgamento.

Exposição


Um coletivo de amigos das vítimas, intitulado "Kiss: Que não se repita", organizou a exposição "Tempo Perdido" para arrecadar recursos e contratar um designer gráfico para criar fotografias simulando como as oito vítimas estariam hoje. As fotografias serão mostradas na praça Saldanha Marinho no dia 27 de janeiro às 19h, como parte das comemorações dos 10 anos da tragédia. Entre 25 e 28 de janeiro, a cidade também irá realizar ações como vigília, missa, palestras e exibição pública do primeiro capítulo do documentário "Boate Kiss - A Tragédia de Santa Maria", que estreia no dia 26 na Globoplay."

Reportagem original: Folha Press

Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem